quinta-feira, 8 de maio de 2008

Com a criação do capitalismo muitos valores sociais mudaram, assim como muitos novos foram criados. Alguns exemplos são os valores abordados por este trabalho que são: Consumismo, Alienação, Qualidade de vida e Ética.
No caso do Consumismo é um valor incorporado pelo capitalismo que representa uma das piores conseqüências do capitalismo que é a questão da perda do poder de distinguir o que é realmente necessário e o que é supérfluo.
Já no caso da alienação é um valor um pouco mais antigo mais ainda sim bastante influenciado pelo capitalismo já que através das propagandas e a TV este valor tomou proporções inimagináveis e hoje muitas pessoas são escravas dos meios de comunicação e sua manipulação.
Qualidade de vida é um conceito que mudou muito com o capitalismo, já que no passado este tema era tido como a questão de se morar bem, se alimentar bem, ter uma vida regrada e saudável. Com a expansão do capitalismo essa idéia se deturpou e hoje qualidade de vida esta ligado a ter dinheiro e conseguir lucro acima de todas as conseqüências.
O que influi na questão da Ética que por causa desta busca constante pelo lucro está profundamente abalada, pois os valores morais e éticos são constantemente esquecidos no mundo atual.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Consumismo

Definição:

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência.
Há várias discussões a respeito do tema, entre elas

o tipo de influência que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a cultura industrial, por meio da TV e do cinema, exercem nas pessoas. Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um fruto do capitalismo e um fenômeno da sociedade contemporânea.
A diferença entre o consumo e o consumismo é que no consumo as pessoas adquirem somente aquilo que lhes é necessário para sobrevivência. Já no consumismo a pessoa gasta tudo aqui que tem em produtos supérfluos, que muitas vezes não é o melhor para ela, porém é o que ela tem curiosidade de experimentar devido a propagandas na TV, devido a ser um produto de marca. Isso pode gerar violência, pois as pessoas que cometem crimes na maioria das vezes não rouba ou furta nada por necessidade, e sim por vontade de ter aquele produto, e de não ter condições de adquiri-lo.
Muitas vezes o consumismo chega a ser uma patologia comportamental. Pessoas compram compulsivamente coisas que elas não irão usar ou que não têm utilidade para elas apenas para atender à vontade de comprar.
A explicação da compulsão pelo consumo talvez possa se amparar em bases históricas. O mundo nunca mais foi o mesmo após a Revolução Industrial. A industrialização agilizou o processo de fabricação, o que não era possível durante o período artesanal. A indústria trouxe o desenvolvimento, num modelo de economia liberal, que hoje leva ao consumismo alienado de produtos industrializados. Além disso, trouxe também várias conseqüências negativas por não se ter preocupado com o meio ambiente. Felizmente, hoje, há pensamentos diferentes sobre este tema, que fizeram surgir novas profissões como, por exemplo, a de Eco-design.
Fonte: Wikipédia

Autores:

Jean Baudrillard
Jean Baudrillard (Reims, 27 de julho de 1929 — Paris, 6 de março de 2007) foi um sociólogo e filósofo francês.
Considerado um dos principais teóricos da pós-modernidade e um dos autores que melhor diagnosticaram o mal-estar contemporâneo, Jean Baudrillard foi um dos fundadores da revista "Utopie", além de ter publicado mais de 50 livros ao longo de sua vida.

Estudou alemão na Sorbonne, tendo traduzido para o francês obras de Karl Marx e Bertolt Brecht. Lecionou sociologia na Universidade de Nanterre e sua tese de doutorado, "O sistema dos Objetos", foi publicada em 1968.

A obra era voltada para um estudo semiológico do consumo, assim como seus dois livros seguintes, "A Sociedade de Consumo" (1970) e "Por uma Crítica da Política Econômica do Signo" (1972). Outras de suas obras que merecem destaque são: "À Sombra das Maiorias Silenciosas" (1978), "Simulacros e Simulações" (1981), "América" (1986), "A Troca Impossível" (1999) e "O Lúdico e o Policial" (2000).

Pensador polêmico, Baudrillard desenvolveu uma série de teorias sobre os impactos da comunicação e das mídias na sociedade e na cultura contemporâneas. Baseou sua filosofia no conceito de virtualidade do mundo aparente, refutando o pensamento científico tradicional. Criticava a sociedade de consumo e os meios de comunicação e considerava as massas como cúmplices dessa situação.

Baudrillard lembrava que os objetos não possuem apenas um valor de uso e um valor de troca, mas também um valor de signo, determinante nas práticas de consumo que ele considerava danosas.

Segundo ele, o sistema tecnológico desenvolvido e a quantidade de informações influenciam na definição da massa crítica. A máquina representa o homem que se torna um elemento virtual deste sistema. O seu ensaio sobre como os meios de comunicação de massa produzem a realidade virtual inspirou os diretores da trilogia de "Matrix" - o que não agradou a Baudrillard.

Fonte: UOL Educação


Reportagens:

Mandamentos do consumismo

A publicidade cerca-nos de todos os lados -na TV, nas ruas, nas revistas e jornais- e força-nos a ser mais consumidores que cidadãos. Hoje, tudo se reduz a uma questão de marketing. Uma empresa de alimentos geneticamente modificados pode comprometer a saúde de milhões de pessoas. Não tem a menor importância se uma boa máquina publicitária for capaz de tornar a sua marca bem aceita entre os consumidores.Isso vale também para o refrigerante que descalcifica os ossos, corrói os dentes, engorda e cria dependência. Ao bebê-lo, um bando de jovens exultantes sugere que, no líquido borbulhante, encontra-se o elixir da suprema felicidade.
A sociedade de consumo é religiosa às avessas. Quase não há clipe publicitário que deixe de valorizar um dos sete pecados capitais: soberba, inveja, ira, preguiça, avareza, gula e luxúria. 'Capital' significa 'cabeça'. Ensina meu confrade Tomás de Aquino (1225-1274) que são capitais os pecados que nos fazem perder a cabeça e dos quais derivam inúmeros males.
Os cinco mandamentos da era do consumo são: 1º) Adorar o mercado sobre todas as coisas. Tudo se vende ou se troca: objetos, cargos públicos, influências, idéias etc.
2º) Não profanar a moeda, desestabilizando-a. Dizem que outrora povos indígenas sacrificavam vidas humanas para aplacar a ira dos deuses. Abominável? Nem tanto. O ritual prossegue; mudaram-se apenas os métodos.
3º) Não pecar contra a globalização. Graças às novas tecnologias de comunicação, o mundo se transformou numa pequena aldeia. De fato, o Planeta ficou pequeno frente às imensuráveis ambições das corporações transnacionais.
4º) Cobiçar os bens estatais e públicos em defesa da privatização. Se não é o bem comum o valor prioritário, e sim o lucro, privatize-se tudo: saúde, educação, rodovias, praias, florestas etc.
5º) Prestar culto aos sagrados objetos de consumo. Percorremos aceleradamente o trajeto que conduz da esbeltez física à ostentação pública de celulares, da casa de veraneio ao carro importado, fazendo de conta que nada temos a ver com a dívida social.

* Frei dominicano. Escritor.



Crítica:

O consumismo está diretamente ligado a mídia. A mídia tem a capacidade de manipular e controlar a sociedade tornando-a uma sociedade consumista, pois em todos os lugares, televisão, rádio, internet, outdoors e etc, ela nos direciona ao consumo com propagandas cada vez mais bem elaboradas, muitas vezes apelativas que mexem no inconsciente da pessoa e faz com que ela queira consumir o determinado produto, visando somente o lucro.
Hoje em dia com o capitalismo e a globalização, o consumismo está cada vez mais presente, pois as pessoas procuram sempre ter os últimos produtos lançados. Isso acarreta em um grande problema que é o excesso de lixo no planeta, pois com os avanços tecnológicos os produtos iniciais acabam sendo descartados, acumulando muito lixo, e isso está acontecendo cada vez mais rápido, contribuindo na destruição do planeta.

Video relacionado : Consumismo (aquecimento global)


Ética

Ética

Ética é uma palavra de origem grega, com duas origens possíveis. A primeira é a palavra grega éthos, com e curto, que pode ser traduzida por costume, a segunda também se escreve éthos, porém com e longo, que significa propriedade do caráter. A primeira é a que serviu de base para a tradução latina Moral, enquanto que a segunda é a que, de alguma forma, orienta a utilização atual que damos a palavra Ética.
Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom.
Moore GE. Princípios Éticos. São Paulo: Abril Cultural, 1975:4


A Ética tem por objetivo facilitar a realização das pessoas. Que o ser humano chegue a realizar-se a sí mesmo como tal, isto é, como pessoa. (...) A Ética se ocupa e pretende a perfeição do ser humano.
Clotet J. Una introducción al tema de la ética. Psico 1986;12(1)84-92.

A Ética existe em todas as sociedades humanas, e, talvez, mesmo entre nossos parentes não-humanos mais próximos. Nós abandonamos o pressuposto de que a Ética é unicamente humana. A Ética pode ser um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si a autoridade de guiar, as ações de um grupo em particular (moralidade), ou é o estudo sistemático da argumentação sobre como nós devemos agir (filosofia moral).
Singer P. Ethics. Oxford: OUP, 1994:4-6.
“Realmente os termos “ética” e “moral” não são particularmente apropriados para nos orientarmos. Cabe aqui uma observação sobre sua origem, talvez em primeiro lugar curiosa. Aristóteles tinha designado suas investigações teórico-morais - então denominadas como “éticas” - como investigações “sobre o ethos”, “sobre as propriedades do caráter”, porque a apresentação das propriedades do caráter, boas e más (das assim chamadas virtudes e vícios) era uma parte integrante essencial destas investigações. A procedência do termo “ética”, portanto, nada tem a ver com aquilo que entendemos por “ética”. No latim o termo grego éthicos foi então traduzido por moralis. Mores significa: usos e costumes. Isto novamente não corresponde, nem à nossa compreensão de ética, nem de moral. Além disso, ocorre aqui um erro de tradução. Pois na ética aristotélica não apenas ocorre o termo éthos (com 'e' longo), que significa propriedade de caráter, mas também o termo éthos (com 'e' curto) que significa costume, e é para este segundo termo que serve a tradução latina.”
Tugendhat E. Lições sobre Ética. Petrópolis: Vozes 1997:35.
Kierkegaard e Foucault diziam que a ética grega é uma estética, ou uma poética, preocupando-se com a arte de viver, com a elaboração de uma vida bela e boa.
Valls ALM. in: Ética e Contemporaneidade


Opinião do grupo

Após discutirmos chegamos a conclusão que Etica nada mais é do que um equilíbrio entre a moral e o caráter que diferencia os seres humanos uns dos outros.Que este equilíbrio naum pode ser quebrado pois se a pessoa tiver moral mas naum tiver caráter ela nunca estará contente ou completamente tranqüila com o q ela fala,faz e vive.Já uma pessoa com caráter mais nenhuma moral é tida como alguem mentiroso ou sem credibilidade.Sendo assim ter etica no que fala , faz e opina é essencial para ser classificado como um ser pensante e critico.
Video Relacionado : Ética

Qualidade de vida

Qualidade de Vida

A qualidade de vida é um conceito ligado ao desenvolvimento humano.
Não significa apenas que o indivíduo ou o grupo social tenham saúde física e mental, mas que esteja(m) bem com eles mesmos, com a vida, com as pessoas que os cercam, enfim, ter qualidade de vida é estar em equilíbrio. E esse equilíbrio diz respeito ao controle sobre aquilo que acontece a sua volta, como por exemplo, sobre os relacionamentos sociais. Mas se o indivíduo não tem ou não consegue ter esse controle, poderá controlar a maneira com que reage a esses acontecimentos, essas ações.
Também para garantir uma boa qualidade de vida, deve-se ter hábitos saudáveis, cuidar bem do corpo, ter tempo para lazer e vários outros hábitos que façam o indivíduo se sentir bem, que tragam boas conseqüências, como usar o humor pra lidar com situações de stress, definir objetivos de vida e, o principal, sentir que tem controle sobre a própria vida.
(Wikipédia, definição de qualidade de vida)


Saúde e qu
alidade de vida são dois temas estreitamente relacionados, fato que podemos reconhecer no nosso cotidiano e com o qual pesquisadores e cientistas concordam inteiramente. Isto é, a saúde contribui para melhorar a qualidade de vida e esta é fundamental para que um indivíduo ou comunidade tenha saúde.

Paulo M. Buss
Professor de Saúde Pública
Presidente da Fiocruz




A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.

Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?

(Charles Chaplin)



Na opinião do grupo, qualidade de vida, não implica apenas em bens materiais, como ter o carro do ano, a roupa da grife do "momento", e saúde. A qualidade de vida, além de ser designada e moldada por cada um como achar melhor, é de certa forma "entregue" a esse, pela sociedade.

Sim, caros amigos, esta também é uma forma da qualidade de vida. Muitas pessoas, podem ter saúde, mas nao têem condições minimas de moradia, transporte, e saneamento básico, e se quisermos analisar por outro lado, nem todos que tem carro do ano, tem saúde.
Concluindo, qualidade de vida, é algo que se busca, se desenvolve, e se ganha, de acordo com seu padrão social.

(Crítica do grupo)




Vídeo relacionado:

Aracaju, a capital da qualidade de vida:

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Alienação



Definição

A palavra Alienação possui várias definições: cessão de bens, transferência de domínio de algo, perturbação mental, na qual se registra uma anulação da personalidade individual, arrombamento de espírito, loucura. Assim, podemos traçar diretrizes afirmando que Alienação é quando o indivíduo que tem contato com várias informações e que fica perdido no meio delas, sem u propósito definido, e dessa forma não consegue estabelecer relações com o que lê, nem apresentar uma conclusão sobre o assunto.
Podemos falar em três grandes formas de alienação existentes nas sociedades modernas ou capitalistas:

1. A alienação social, na qual os humanos não se reconhecem como produtores das instituições sociopolíticas e oscilam entre duas atitudes: ou aceitam passivamente tudo o que existe, por ser tido como natural, divino ou racional, ou se rebelam individualmente, julgando que, por sua própria vontade e inteligência, podem mais do que a realidade que os condiciona. Nos dois casos, a sociedade é o outro (alienus), algo externo a nós, separado de nós, diferente de nós e com poder total ou nenhum poder sobre nós.

2. A alienação econômica, na qual os produtores não se reconhecem como produtores, nem se reconhecem nos objetos produzidos por seu trabalho. Em nossas sociedades modernas, a alienação econômica é dupla:
Em primeiro lugar, os trabalhadores, como classe social, vendem sua força de trabalho aos proprietários do capital (donos das terras, das indústrias, do comércio, dos bancos, das escolas, dos hospitais, das frotas de automóveis, de ônibus ou de aviões, etc.). Vendendo sua força de trabalho no mercado da compra e venda de trabalho), os trabalhadores são mercadorias e, como toda mercadoria, recebem um preço, isto é, o salário. Entretanto, os trabalhadores não percebem que foram reduzidos à condição de coisas que produzem coisas; não percebem que foram desumanizados e coisificados.
Em segundo lugar, os trabalhos produzem alimentos (pelo cultivo da terra e dos animais), objetos de consumo (pela indústria), instrumentos para a produção de outros trabalhos (máquinas), condições para a realização de outros trabalhos (transporte de matérias-primas, de produtos e de trabalhadores). A mercadoria-trabalhador produz mercadorias. Estas, ao deixarem as fazendas, as usinas, as fábricas, os escritórios e entrarem nas lojas, nas feiras, nos supermercados, nos shoppings centers parecem ali estar porque lá foram colocadas (não pensamos no trabalho humano que nelas está cristalizado e não pensamos no trabalho humano realizado para que chegassem até nós) e, como o trabalhador, elas também recebem um preço.
O trabalhador olha os preços e sabe que não poderá adquirir quase nada do que está exposto no comércio, mas não lhe passa pela cabeça que foi ele, não enquanto indivíduo e sim como classe social, quem produziu tudo aquilo com seu trabalho e que não pode ter os produtos porque o preço deles é muito mais alto do que o preço dele, trabalhador, isto é, o seu salário.
Apesar disso, o trabalhador pode, cheio de orgulho, mostrar aos outros as coisas que ele fabrica, ou, se comerciário, que ele vende, aceitando não possuí-las, como se isso fosse muito justo e natural. As mercadorias deixam de ser percebidas como produtos do trabalho e passam a ser vistas como bens em si e por si mesmas (como a propaganda as mostra e oferece). Na primeira forma de alienação econômica, o trabalhador está separado de seu trabalho - este é alguma coisa que tem um preço; é um outro (alienus), que não o trabalhador.
Na segunda forma da alienação econômica, as mercadorias não permitem que o trabalhador se reconheça nelas. Estão separadas dele, são exteriores a ele e podem mais do que ele. As mercadorias são um igualmente um outro, que não o trabalhador.

3. A alienação intelectual, resultante da separação social entre trabalho material (que produz mercadorias) e trabalho intelectual (que produz idéias). A divisão social entre as duas modalidades de trabalho leva a crer que o trabalho material é uma tarefa que não exige conhecimentos, mas apenas habilidades manuais, enquanto o trabalho intelectual é responsável exclusivo pelos conhecimentos. Vivendo numa sociedade alienada, os intelectuais também se alienam. Sua alienação é tripla:
Primeiro, esquecem ou ignoram que suas idéias estão ligadas às opiniões e pontos de vista da classe a que pertencem, isto é, a classe dominante, e imaginam, ao contrário, que são idéias universais, válidas para todos, em todos os tempos e lugares.
Segundo, esquecem ou ignoram que as idéias são produzidas por eles para explicar a realidade e passam a crer que elas se encontram gravadas na própria realidade e que eles apenas as descobrem e descrevem sob a forma de teorias gerais.
Terceiro, esquecendo ou ignorando a origem social das idéias e seu próprio trabalho para criá-las, acreditam que as idéias existem em si e por si mesmas, criam a realidade e a controlam, dirigem e dominam. Pouco a pouco, passam a acreditar que as idéias se produzem umas as outras, são causas e efeitos umas das outras e que somos apenas receptáculos delas ou instrumentos delas. As idéias se tornam separadas de seus autores, externas a eles, transcendentes a eles: tornam-se um outro.
As três grandes formas da alienação (social, econômica e intelectual) são a causa do surgimento, da implantação e do fortalecimento da ideologia.
* A alienação social se exprime numa “teoria” do conhecimento espontânea, formando o senso comum da sociedade. Por seu intermédio, são imaginadas explicações e justificativas para a realidade tal como é diretamente percebida e vivida.
Um exemplo desse senso comum aparece no caso da “explicação da pobreza, em que o pobre é pobre por sua própria culpa (preguiça, ignorância) ou por vontade divina ou por inferioridade natural. Esse senso comum social, na verdade, é o resultado de uma elaboração intelectual sobre a realidade, feita pelos pensadores ou intelectuais da sociedade - sacerdotes, filósofos. cientistas, professores, escritores, jornalistas, artistas -, que descrevem e explicam o mundo a partir do ponto de vista da classe a que pertencem e que é a classe dominante de sua sociedade. Essa elaboração intelectual incorporada pelo senso comum social é a ideologia.



Segundo o filósofo alemão Karl Marx é preocupante a questão da alienação do homem. Ele procurava demonstrar a injustiça social que havia no capitalismo, afirmando que se tratava de um regime econômico de exploração, sendo a mais-valia uma grande arma di sistema. Assim, a alienação se manifesta a partir do momento que o objeto fabricado se torna alheio ao sujeito criador, ou seja, ao criar algo fora de si, o funcionário se nega no objeto criado. As indústrias utilizam de força de trabalho, sendo que os funcionários não necessitam ter o conhecimento do funcionamento da indústria inteira, a produção é totalmente coletivizada, necessitando de vários funcionários na obtenção de um produto, mas nenhum deles dominando todo o processo - individualização.
Por isso, a alienação no trabalho é gerada na
sociedade devido à mercadoria, que são os produtos confeccionados pelos trabalhadores explorados, e o lucro, que vem a ser a usurpação do trabalhador para que mais mercadorias sejam produzidas e vendidas acima do preço investido no trabalhador, assim rompendo o homem de si mesmo. "A atividade produtiva é, portanto, a fonte da consciência, e a ‘consciência alienada’ é o reflexo da atividade alienada ou da alienação da atividade, isto é, da auto-alienação do trabalho." De acordo com ele, “alienação é a situação resultante dos fatores materiais dominantes da sociedade, e por ele caracterizadas, sobretudo no setor capitalista, em que o trabalho do homem se processa de modo a produzir coisas que imediatamente são separadas dos interesses e do alcance de quem as produziu, para se transformarem indistintamente em mercadorias”.


Opinião do Grupo

Depois de diversas discussões e inúmeras dúvidas podemos dar a seguinte opinião:
A Alienação é algo proveniente da sociedade capitalista que, por sua vez, é individualista. O sujeito só pensa nele mesmo, perdendo a compreensão do mundo e sendo indiferente a casos importantes da sociedade.
Por um lado, homens não percebem que constituem uma sociedade e a influenciam, Por outro, do mesmo modo, julgam-se livres e não acreditam que a sociedade determina seus pensamentos e atos.
Devido à idéia da sociedade moderna, as pessoas são individualistas e muitas vezes desinformadas tanto a política, assim como em outros setores.
Instituições possuem grande poder de alienação, onde alguém que recebe uma nova informação acredita e é influenciado por ela.
Hoje temos um grande exemplo: A Rede GLOBO, que de certa forma “manipula” os brasileiros, até mesmo ditando moda como conseqüências das roupas e/ou bordões utilizados por personagens de novela e programas humorísticos. Assim como propagandas de determinados produtos que dizem que se você não usá-lo será ‘bobo’, transformando-se diferente do restante das pessoas, que seriam ‘espertas’ e mais integradas na sociedade capitalista. Podemos citar a propaganda da NET, a qual possui um bordão que está na boca do povo. A propaganda diz basicamente que aqueles que não possuem NET, estão na ‘Sibéria’, que o jungle diz ser monótona e chata!